Trabalhando
em conjunto com a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, o
Ministério Público de Santa Catarina deu ênfase especial ao
Programa de Penas e Medidas Alternativas, objeto de suas preocupações
desde meados de 1999. A partir de sua contribuição, as Centrais de
Penas e Medidas Alternativas - CPMAs, que até 2012 estavam reduzidas
a duas (Florianópolis e São José), foram ampliadas
em 400%, em 2013. Hoje há sete CPMAs em funcionamento: além da Capital e São José, nas cidades de Joinville, Blumenau, Criciúma, Itajaí e Chapecó. Globalmente, estão sendo assistidos 2.615
apenados; e, destes, 2.135 foram acolhidos no período compreendido
entre maio e dezembro de 2013.
Além do apoio
técnico-institucional e político à expansão e manutenção dos
serviços confiados às CPMAs, o Ministério Público contribuiu com
a doação de seis veículos, mobiliário e computadores. A valor da
contribuição foi da ordem de R$ 315.735,561.
O Programa apresentou
resultados animadores e tende a se firmar como uma experiência
vitoriosa no processo de redução dos níveis de violência e
criminalidade e de humanização do sistema prisional brasileiro.
De acordo com os
registros das CPMAs, 83% dos apenados acolhidos cumpriram de forma
regular e integralmente as penas que lhes foram impostas, e 172 deles
frequentaram e concluíram com êxito cursos profissionalizantes
durante o período de cumprimento da pena, com reflexos altamente
positivos na redução do índice de reincidência. Consta que,
dentre os apenados assistidos pelo Programa, apenas 1,8% voltaram a
cometer algum tipo de delito, cenário muito diferente daquele
observado no sistema prisional comum, no qual, dentre os condenados
que terminam o cumprimento da pena, nada menos que 73 % deles
retornam à criminalidade2.
Hoje, diversamente do
que ocorria no início de sua implantação, é grande a
credibilidade e a confiança no Programa. O número de entidades
públicas e privadas que mantêm parceria com as CPMAs, para
prestação de apoio, como formação profissional ou oferta de algum
tipo de trabalho para os apenados, aumentou em 440%, passando de 242,
em outubro de 2012, para 1.065, em dezembro de 2013.
Um dado que também
surpreende é o custo operacional do Programa: gasta-se em média,
mensalmente, para cada um dos apenados assistidos, apenas R$ 72,83 —
um custo pelo menos 27 vezes menor do que o de um detento do sistema
prisional comum, que oscila, em média, entre R$ 1.900,00 e R$
2.000,00 por mês, segundo informações da Secretaria de Estado da
Justiça e Cidadania.
Origem:
CCR
1
Informações da Gerência de Patrimônio do MPSC.
2
Resultado de pesquisa realizada em 2010 pela Secretaria de Segurança
Pública de Santa Catarina com apenados recolhidos a presídios de
Florianópolis.
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