terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS E ATENÇÃO AOS USUÁRIOS



 
     
                  De acordo com levantamento domiciliar do IBGE, realizado em 2005, mesmo desconsiderando o consumo do álcool e do tabaco, 14,8% da população pesquisada, na região Sul do país, faz uso de algum tipo de droga.           
              O cenário é grave e, as perspectivas, nada animadoras. Com o propósito de contribuir para a melhoraria desse quadro, o Ministério Público vem atuando em duas frentes distintas: (a) incentivando a criação e funcionamento dos Conselhos Municipais Antidrogas, de acordo com os princípios previstos na legislação do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad, e; (b) acompanhando, mediante visitas técnicas periódicas, o funcionamento das denominadas "comunidades terapêuticas", que têm por finalidade acolher e tratar dependentes de drogas.

            Em 2013, levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor - CDH apurou que, dos 295 municípios catarinenses, apenas 35 contam com Conselho Municipal Antidrogas regularmente instalado e atuante. Outros 66 criaram o Conselho, mas não o colocaram em funcionamento. E, para fechar a conta, 123 municípios sequer criaram o Conselho e 69 omitiram-se na prestação de informação.

            Os números não deixam dúvida: a solução do problema das drogas, apesar dos males que acarreta, não está entre as prioridades da maioria dos municípios, apesar, de acordo com a Lei n. 11.343/2006, integrarem o sistema nacional de combate às drogas.

            Diante disso, o propósito do Ministério Público é continuar estimulando as autoridades municipais a implementarem políticas locais de prevenção e controle do uso de drogas, contemplando inclusive a criação e instalação dos Conselhos Municipais Antidrogas, com o envolvimento de toda a comunidade.

            Em outra frente de trabalho, frente, levantamento realizado pelo mesmo órgão em 2012 apurou a existência de 142 "comunidades terapêuticas" em funcionamento no Estado, das quais, 55 foram vistoriadas em 2013 por equipe multidisciplinar integrada por um Promotor de Justiça e técnicos da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Conselho Estadual de Entorpecentes, CIDASC e EPAGRI.

            Nas "comunidades" vistoriadas, 721 pessoas encontravam-se albergadas, e o objetivo da vistoria foi aferir a regularidade das condições de segurança e higiene, adequação dos métodos terapêuticos e, sobretudo, o respeito aos direitos humanos. Constatada qualquer irregularidade, os dirigentes da entidade são notificados a saná-la em prazo razoável, sucedendo-se nova vistoria. Medidas mais drásticas por parte do Ministério Público, de natureza penal ou civil, costumam ser adotadas nos casos de violação de direitos humanos ou injustificada resistência à correção de irregularidades.

            Está na programação do Ministério Público, para 2014, concluir a vistoria de todas as "comunidades terapêuticas" existentes no Estado, com o propósito de garantir a regularidade de seu funcionamento e, sobretudo, o respeito aos direitos humanos.

Origem: CDH

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